O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

19.12.05

Há coisas neste Portugal («com diminutivo»...) que não dão para entender. Em vez de facilitar, a Administração Pública criou uma «teia» à qual é difícil fugir.
Vejamos: qualquer pessoa com carta de condução (naturalmente...) pode ser taxista. Basta dirigir-se à DGV, na Rua Tenente Espanca, em Lisboa, preencher uma série de papelada, pagar vinte e tal euros (salvo erro), aguardar uma/duas semanas, receber um certificado provisório e... está apta a conduzir um táxi.
Se é assim tão fácil, porquê um «tal» exame para conseguir a carteira profissional definitiva? Porquê um exame «a posteriori»?
Pergunta-se: não seria lógico que o exame fosse feito antes de começar a conduzir o táxi? Não seria lógico que os candidatos a taxistas recebessem alguma formação, a exemplo do que se passa noutros países?
Trata-se de um processo ridículo e kafkiano: anda-se um ano ou mais a conduzir um táxi e só depois somos submetidos ao tal exame... Não dá para entender!!!