O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

16.2.06

Acordei tarde, a manhã esteve chuvosa, Lisboa cinzenta e o trânsito caótico. Cometi um erro ao ficar na praça do aeroporto (partidas). Devia ter regressado à «pedreira», assim afundei-me durante uma hora. Cheguei a uma conclusão: o aeroporto é para os donos dos táxis, não para quem tem de chegar ao fim do dia e apresentar uma «folha» decente.
Aeroporto-Alfragide. Segunda Circular intransitável, regresso pela Buraca, nunca mais saio da praça de táxis, sigo para a Estrada de Benfica, até à Praça de Espanha sem alguém me fazer sinal. Decididamente, um dia para esquecer. Quando assim acontece, já conheço a receita: não forçar a nota nem desesperar – arrumar o carro, almoçar e descansar uma horinha para regressar com a cabeça limpa.
Amanhã é novo dia, novas «corridas», mais um dia infernal de trânsito, como são todas as sextas-feiras.