O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

2.3.06

Quatro dias para limpar o stress da cidade, na mais bonita aldeia portuguesa, a minha, na Beira Baixa. Revisitar amigos, espreitar o permanente entusiasmo do Daniel e da Lucinda na organização de mais um espectáculo do «seu» grupo de teatro, desta vez na bonita estalagem de Proença-a-Nova, petiscar e beber um copo de bom vinho na adega do meu tio Canhoto, comer toranjas no Vale Dinteiro, em suma, carregar baterias para mais uns tempos de «corridas» no trânsito infernal de Lisboa.
Primeiro dia de trabalho após as miniférias e logo oficina durante toda a manhã. O «190» é uma ganda máquina, é um carro de combate, mas também precisa de assistência... Ainda assim, fiz meia dúzia de boas «corridas» e fiquei sensibilizado com a situação daquela ciente, professora primária, que transportei de Benfica para o Hospital Militar da Estrela. O marido em casa com Alzheimer, o irmão internado a recuperar de trombose, as aulas de manhã... «Mulher-coragem», aquela, ainda capaz de esboçar um sorriso. Bonito!