O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

12.4.06

De vez em quando «mergulho» na noite de Lisboa, de preferência aos sábados, quando a «malta da pesada» sai à rua. Primeiro «faço» o Amoreiras e o Vasco da Gama (não gosto do Colombo), depois mudo a rota para as Docas, o Lux, a Kapital... Pelo meio, dou um salto à Duque de Loulé, local de grande «fauna» nocturna.
Quatro ingleses saem do Galery bem bebidos e acompanhados. Querem dois táxis para uma ida ao hotel, em Cascais, um deles com espera (o meu), porque as mulheres regressam a Lisboa.
Outras «corridas», as daquelas mulheres (duas brasileiras, uma portuguesa e uma africana). São bonitinhas, saem meninas da «terra» e são lançadas na alta-roda da prostituição.
No regresso a Lisboa, pela Marginal, enquanto sinto a brisa fresca do mar e oiço a conversa das jovens, dou comigo a pensar nesta «coisa» chamada vida. Puta de vida!