O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

15.4.06

Divagações

Não dispenso a leitura de um bom livro, mas falta-me tempo para saborear esse simples prazer. Perdi imensas horas em conversas fúteis, por vezes sou escravo de «amizades» que, espremidas, deixam o copo ainda mais vazio. Bem sei que a solidão não é coisa que se recomende, às vezes contorcemo-nos com dor e precisamos de «sangrar»...

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Viajar na «rede» é «pecado», mas ajuda a matar a solidão. Conhecemos gente gira com quem se pode estabelecer um diálogo interessante. A moda dos «blogs» pegou e ainda bem... Têm sido, para mim, uma agradável surpresa. Fico maravilhado com alguns textos de gente anónima, de grande capacidade criativa.

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Recomendo um pequeno livro (150 páginas) – «O Segredo de Joe Gould», do norte-americano Joseph Mitchell – para «fintar» uma noite branca. Fiquei «agarrado» a este autor que não conhecia. Uma história muito bem urdida, na qual a ficção e a realidade se misturam na perfeição.
O Adriano tem razão: chegamos ao fim e apetece-nos recomeçar. António Lobo Antunes leu-o três vezes! Por mim, prometo não ficar por aqui...