O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

28.4.06

Festa da música, no Centro Cultural de Belém. A «corrida» termina nas Amoreiras. O cliente é «homo» e... atrevido. Procuro manter a calma, fingindo que a conversa não tem segundas intenções, mas quase atinjo o limite da paciência. Sou contra todas as discriminações, mas detesto provocações. «Já foi à praia?»; «gosta de fazer nudismo?»; «eu costumo frequentar a praia do Meco; não gosto da Caparica, por causa dos mirones»; «tem dedos compridos e mãos interessantes». Estou a passar-me... Carrego no acelerador. Fim da corrida. Uff!

PS – Já convivi com homossexuais e lésbicas, sem nada na manga. As opções sexuais das pessoas, bem como a cor da pele, nunca me influenciaram. Mas fico em brasa com certo tipo de manifestações rascas de certa gentinha que gosta de provocar.