O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

14.4.06

«Lisboa, não sejas espanhola...» Salvo erro, esta frase é de um fado da Amália. Se fosse viva, a «diva» morreria de espanto com os milhares e milhares de espanhóis que invadiram Lisboa (e não só...). Um hábito de «nuestros hermanos» nesta altura da Páscoa, zarpar até Portugal, mas este ano vieram em massa. Hoje, em 13 «corridas» fiz dez com espanhóis. Castelo de S. Jorge, Rossio, Belém... foi um ver-se-te-avias. Sejam bem-vindos! A economia espanhola é das poucas em crescimento, a nível europeu, e se a portuguesa for arrastada na corrente... tanto melhor.
Hoje senti-me um autêntico taxista de Madrid. Ou de Múrcia, de onde vieram quatro dos meus clientes. Portugueses? Só os «tesos» ficaram por cá... Afinal, a crise é só para alguns! Os mesmos de sempre!

PS – A cena do abandono de não sei quantos deputados (de férias pascais no Algarve e no Brasil?), deixando a Assembleia da República «às moscas», é deplorável... É por esta e por outras que boa gente se está marimbando para a política...