O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

6.4.06

Não é pessoa de conversa fácil, à primeira vista. O novo director do Centro Cultural de Belém (CCB) não dispensa o táxi para as suas viagens na cidade. Anda muito atarefado, pelos vistos... Domingo, só às duas da tarde saiu para almoçar. A colecção de arte moderna de Berardo e as novas ideias para ocupar aquele espaço nobre da capital devem ocupar-lhe muito tempo... Sou leitor das suas crónicas na «Visão» e tinha lido uma entrevista recente com o novo responsável pelo CCB, por isso não senti dificuldades em dialogar. Não tenho dúvidas: com António Mega Ferreira, o CCB vai ganhar nova dinâmica.

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Antigo presidente do Sporting, também não dispensa o táxi. Não foi a primeira vez que transportei João Rocha. Naturalmente, o clube de Alvalade foi tema de conversa, tanto mais que atravessa crise directiva de certa gravidade. Desculpem qualquer coisinha, mas guardo para mim o teor da conversa.

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Li alguns dos seus livros. Faz-se transportar de táxi nas suas viagens pela capital. É afável, sem ponta da petulância de alguns escribas de meia-tijela que se pavoneiam por aí. Falo de Urbano Tavares Rodrigues, um senhor da literatura portuguesa.