O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

18.5.06

Já aqui falei do brasileiro Marcelo (nome fictício), o jovem taxista mais «assediado» da cidade de Lisboa, em especial nas noites de sexta-feira e sábado, quando as discotecas fecham as portas e algumas «miúdas» regressam a casa incendiadas de «shots»...
Um dia destes, coube-lhe transportar duas fulanas no Armazém F. Vinham com o estômago a arder e quiseram cear qualquer coisinha. Convidaram o Marcelo e, como sempre, ele foi incapaz de dizer «não».
A ceia foi agradável e o taxista prosseguiu a «corrida». Depois de deixar a primeira cliente, a segunda e o Marcelo decidiram arejar num local aprazível, com vista para o rio.
Sem se aperceber, o Marcelo accionou o botão de alarme do táxi e, volvidos alguns minutos, viram-se rodeados de polícias. Aflito, ele ficou sem palavras. Numa penada, porém, ela resolveu a situação:
— Vim conversar com o meu namorado... Não posso?!
O polícia fixou o Marcelo e disparou:
— Desligue lá o alarme!