O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

5.5.06

O Marcelo (nome fictício) é brasileiro e taxista em Lisboa. Tem vinte e poucos anos, é boa gente. Trabalha à noite e foi «assediado», às três e picos da manhã, em pleno IC19, quanto transportava uma cliente da discoteca Queen’s para Rio de Mouro.
Mal se apercebeu de que estava em presença de um taxista simpático e bonitão, ainda pra mais com aquela voz açucarada, a fulana não resistiu. Saltou para o banco da frente, fora de si, a ponto de ele ter de parar o carro para pôr ordem naquela situação surrealista. «Meu brasileiro lindo!», dizia ela, enquanto o Marcelo se esforçava por levar a «corrida» até ao fim.
Chegados a Rio de Mouro, a cliente convidou o Marcelo a tomar um «drink». Mais calmo, ele aceitou. A fulana, divorciada há pouco tempo, estava desejosa de um pouco de sexo.
«Pôxa, vida! Ela é mesmo gira!», contou-me o Marcelo, incapaz de resistir à tentação.
Uma «corrida» em cheio, meu caro!