O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

3.9.06

Até ao nascer do Sol, é chegar à discoteca Lux e «carregar» (passe a expressão). Trata-se de um espaço diferente na noite de Lisboa, frequentado por gente gira e bem-disposta. Já contei várias estórias do Marcelo (nome fictício), o taxista mais «assediado» da noite alfacinha. Ele não dispensa várias idas ao Lux e, numa delas, transportou um casal de lésbicas. Vinham ligeiramente eufóricas (bebe-se sempre um copo a mais...) e decidiram materializar o seu amor ali mesmo, dentro do táxi. Como o espelho retrovisor dos taxistas é muito coscuvilheiro, o Marcelo (fica nas nuvens quando vê duas mulheres acariciarem-se...), às tantas, meio descontrolado, parou o táxi no Parque das Nações, virou-se para as mulheres apaixonadas e disparou: «Vou sair já do carro... Estejam à vontade!»