Lisboa está cercada de bairros problemáticos que fazem lembrar, embora em menor escala, as favelas do Brasil. Foi preciso ingressar nesta vida para me aperceber desta triste realidade à volta da capital portuguesa. E não apenas no concelho da Amadora...
Um dia destes, à noite, transportei três indivíduos da Gare Oriente para o bairro do Catujal (Sacavém). Conheço mal a zona e segui as instruções dos clientes, ainda jovens. Viro à esquerda e à direita não sei quantas vezes, estou agora num caminho de terra batida em zona de casas modestas. Começo a desconfiar da conversa... «Não tem medo? Alguns taxistas têm medo de vir aqui...»
«Medo? Porquê? Estou bem acompanhado...», respondi sem vacilar, mas consciente de que a situação poderia complicar-se a qualquer momento. Percorro mais uns metros e depara-se-me um jipe da GNR. Nem hesitei: «Meus amigos, desculpem mas o serviço termina aqui...»
Não reagiram... Cada um puxou dos trocos e pagaram-me a «corrida». Dirijo-me aos agentes e faço um sinal de agradecimento. Nunca, na minha vida, senti tão amiga a presença das autoridades...
Um dia destes, à noite, transportei três indivíduos da Gare Oriente para o bairro do Catujal (Sacavém). Conheço mal a zona e segui as instruções dos clientes, ainda jovens. Viro à esquerda e à direita não sei quantas vezes, estou agora num caminho de terra batida em zona de casas modestas. Começo a desconfiar da conversa... «Não tem medo? Alguns taxistas têm medo de vir aqui...»
«Medo? Porquê? Estou bem acompanhado...», respondi sem vacilar, mas consciente de que a situação poderia complicar-se a qualquer momento. Percorro mais uns metros e depara-se-me um jipe da GNR. Nem hesitei: «Meus amigos, desculpem mas o serviço termina aqui...»
Não reagiram... Cada um puxou dos trocos e pagaram-me a «corrida». Dirijo-me aos agentes e faço um sinal de agradecimento. Nunca, na minha vida, senti tão amiga a presença das autoridades...
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