O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

5.1.07

Durante a «corrida» não largou o telemóvel – «spread» para a esquerda, «spread» para a direita, o homem esforçou-se imenso para tentar convencer o cliente de que as condições do «seu» banco eram as melhores do mercado.
Baixei o som da Rádio Táxis para não lhe perturbar o negócio. Falava alto, uma linguagem de burocrata encartado que estudou bem os códigos do marketing.
No final da viagem pediu-me desculpa pelo incómodo. Nem ele sabia que quando oiço falar em «spread» fico logo com urticária...