O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

11.1.07

Manhã caótica em Lisboa, como sempre acontece em dias de greve no Metropolitano. Estou cansado! Apanho uma cliente para o Restelo e não hesito: dois pastéis de nata e um cafezinho. A seguir dirijo-me para os Jerónimos, mas o movimento é escasso. Não importa! A ideia é mesmo essa, descansar um pouquinho.
O Carlos, meu companheiro de trabalho do turno da noite, não dispensa a música, incluindo a clássica. Tenho sempre, no carro, CD’s à disposição para ouvir nos momentos mortos.
Estou sozinho na praça de táxis e não vislumbro clientes à volta. Está um sol agradável, ligo o leitor de CD’s e observo os Jerónimos ao som da... Nona Sinfonia.
Adormeço!
Acordo e tenho dois clientes espanhóis à espera. Sorriem, perante aquela situação inédita.