O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

10.2.07

Praça dos Jerónimos (sempre!) – Pouco movimento. Já li o jornal de ponta a ponta e clientes... zero! Saio do carro para desentorpecer as pernas e fumar um cigarrinho. Aproxima-se um fulano oriental com máquina fotográfica a tiracolo. Japonês, claro! Mostra-me uma foto do Cristo Rei, tirada deste lado do rio, e pede-me para o transportar à outra margem. «Já safei a folha», pensei. Atravesso a ponte 25 de Abril. Quase uma hora de espera no Cristo Rei, enquanto o japonês vai lá acima fotografar Lisboa. Regressamos ao hotel, na zona da Praça de Espanha. À passagem pelo Aqueduto das Águas Livres, pede-me para abrandar um pouco a marcha e saca novamente da sua bomba digital. Agradece-me com aqueles olhinhos de felicidade, como quem acaba de ter um orgasmo. Fotográfico!