O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

5.3.07

Entra no táxi e olha-me com um sorriso. Também a reconheço de outra viagem. Lembro-me de que se gerou alguma empatia, mas a conversa ficou inacabada, como quase todas nesta vidinha de fogareiro.
[Se tentar reconstituir o dia de trabalho, não consigo recordar-me das caras de muitas das pessoas que transportei; porém, outras ficam-me gravadas na memória...]
– Já nos conhecemos...
– Também me lembro de si!
Tempo para retomar a conversa com a mulher mais sensual que alguma vez entrou no táxi. E rezar para que os deuses me protejam de maus pensamentos...