O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

8.5.07

É o caos, todas as manhãs, para sair do aeroporto de Lisboa. Não há corredores «bus» e, ainda por cima, muito trânsito oriundo das zonas de Sacavém e Alverca vai ali desaguar para fugir à Segunda Circular. Gente que vem nos aviões da manhã para participar em reuniões fica com os cabelos em pé, porque chega atrasada. Seria assim tão difícil alterar este estado de coisas?
A propósito do aeroporto. Sou contra a existência de duas praças de táxis. A das partidas deveria servir só para largar passageiros; a das chegadas apenas para tomar clientes. É urgente pôr fim a esta bagunça!
Hoje chegou um barco de cruzeiro. Fui lá espreitar, à Rocha Conde de Óbidos, mais para observar aquele bazar marroquino que propriamente para apanhar serviço. Não há rei nem roque! Estive uns minutos a observar o cenário terceiro-mundista e zarpei para a minha «guerra». O mais grave é que a polícia e o Porto de Lisboa nada fazem para alterar este estado de coisas. Os táxis deviam «carregar» por ordem de chegada. Tão simples!