Há, em Lisboa, colégios para meninos ricos e escolas para meninos pobres. Todas as manhãs e fins de tarde, junto aos colégios, é uma roda-viva de carros-topos-de-gama – uns conduzidos pelos pais, outros por motoristas particulares – que transportam os meninos ricos. Outros, ainda, têm contratos com as várias centrais de táxis e à hora marcada lá está a operadora a chamar um «móvel» ao colégio tal para transportar o menino tal.
Os meninos ricos não têm de carregar com as pesadas mochilas nem com os instrumentos musicais. Sim, porque nos colégios para meninos ricos há aulas de música a sério, como pude espreitar, um dia destes, num dos colégios da Lapa, enquanto aguardava.
Os meninos pobres, ao invés, moram em bairros pobres. E transportam as mochilas às costas, faça chuva ou faça sol. Compram gomas na papelaria mais próxima da escola e vão a pé para casa. Carregados de livros e de mais não sei quê... De sonhos?
Há dias viajava na zona de Chelas e depararam-se-me três meninos pobres que foram surpreendidos pela chuva intensa, quando se dirigiam para a Escola Secundária das Olaias. Parei e dei-lhes boleia. Foi apenas o gesto de um adulto que também já foi menino. Pobre!
Os meninos ricos não têm de carregar com as pesadas mochilas nem com os instrumentos musicais. Sim, porque nos colégios para meninos ricos há aulas de música a sério, como pude espreitar, um dia destes, num dos colégios da Lapa, enquanto aguardava.
Os meninos pobres, ao invés, moram em bairros pobres. E transportam as mochilas às costas, faça chuva ou faça sol. Compram gomas na papelaria mais próxima da escola e vão a pé para casa. Carregados de livros e de mais não sei quê... De sonhos?
Há dias viajava na zona de Chelas e depararam-se-me três meninos pobres que foram surpreendidos pela chuva intensa, quando se dirigiam para a Escola Secundária das Olaias. Parei e dei-lhes boleia. Foi apenas o gesto de um adulto que também já foi menino. Pobre!
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