O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

8.11.07

Jurei (a brincar), perante um dos porteiros do Hotel Pestana Palace, que um dia hei-de ficar lá hospedado, nem que seja só uma noite. Desconheço o preço exacto da diária (das mais baratinhas), mas julgo que rondará um ordenado mínimo nacional. Gosto do palacete do Alto de Santo Amaro, hoje um dos melhores hotéis de Lisboa. Todos os dias vou lá mais que uma vez, na expectativa de me calhar uma boa «corrida». Às vezes acontece... Hoje transportei uma francesa de meia-idade ao Centro Cultural de Belém. Mulher elegante e muito bem «paginada» (como diria um amigo meu), mas o que mais me tocou foi o cheirinho a perfume (francês?). Uma coisa do outro mundo, a ponto de ainda agora, volvidas mais de oito horas, sentir nas narinas (ou no cérebro?) aquele odor tão especial. Gente fina é outra coisa...