O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

13.12.07

Schumacher taxista

Afastada a possibilidade de voltar às corridas, Michael Schumacher tornou-se... taxista! Não, o heptacampeão mundial de F1 não enveredou por nova profissão, mas optou por conduzir ele mesmo um táxi, transformando o condutor em pendura, para chegar a tempo ao aeroporto de Munique. Não perdeu o avião e o taxista, além de 100 euros de gorjeta, ainda descobriu que a sua máquina é capaz de voar!

Seguir viagem para o aeroporto em cima da hora de embarque pode ser uma grande dor de cabeça e uma experiência, no mínimo, stressante para qualquer dos mortais, menos para a família Schumacher. Mesmo quando o meio de transporte é um táxi! Isso mesmo provou o heptacampeão ao desempenhar as funções de taxista, provando, naturalmente, estar à altura, conforme relatou a imprensa germânica.
O alemão fez recordar os seus tempos de piloto mais rápido da F1 (dos quais não terá ainda muitas saudades, quando ainda há pouco tempo regressou à pista nos treinos colectivos, em Espanha, para voltar a dominar) para não perder um voo na Alemanha.
Com receio de chegar atrasado ao aeroporto de Munique, o heptacampeão, de 38 anos, que se fazia acompanhar da mulher e dos filhos, deve ter percebido que não iria chegar a tempo com o taxista que lhe tocou. Não hesitou em deitar mãos à obra, ou seja, agarrar o volante e conduzir ele próprio o automóvel, depois de ter perguntado ao taxista se podia trocar com ele de posição, pedido a que este prontamente acedeu, para viver nos minutos seguintes uma experiência memorável à boleia do heptacampeão mundial de F1.
«Passei para o banco do passageiro, ao lado de Schumi. Foi incrível», contou o taxista Tuncer Yilmaz ao jornal «Abendzeitung», de Munique. «Efectuou ultrapassagens incríveis e fez as curvas a toda a velocidade», acrescentou o motorista, que além da emoção ainda teve direito a generosa gorjeta — 100 euros a juntar aos 60 que marcava o taxímetro — e, claro, descobrir que o seu táxi é capaz de voar!
Quanto a Schumacher, chegou a horas ao aeroporto para se deslocar a Cobourg, a fim de ir buscar um cão chamado «Ed» a uma criadora das redondezas, como explicou a porta-voz do ex-piloto, Sabine Kehm, que confirmou o episódio à agência alemã de informação desportiva SID.

Guida Ferrer, in «A BOLA» de 12-12-2007