O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

16.1.08

Breves

Diverte-me assistir, na praça de táxis do Hotel Altis (Rua Castilho), às escapadelas dos funcionários de escritório para fumar o cigarrinho. Até já colocaram cinzeiros grandes junto às portas de entrada. Antes, as «miúdas» passavam fugidias por entre os táxis; agora estão ali, na rua, bem juntinhas aos taxistas. Até parece que somos todos «colegas»...
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Transporto um casal a Almada. Vêm de Londres, onde trabalham. «Posso fumar um cigarrinho? Estou a ficar desesperado...» Explico-lhe que as «coisas» mudaram em Portugal e alerto-o para as consequências... O homem aguentou mais uns minutinhos e lá atravessámos a ponte 25 de Abril... sem poluição!
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A propósito: estou a aproveitar esta «onda» para fumar menos. Mas não é fácil... Nisto, como noutras situações, faço minhas as palavras de Manuel Cajuda e tento «reagir com inteligência». Será desta que consigo deixar de fumar?
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Ainda a propósito do tabaco (não tenciono voltar ao assunto): acredito que Humphrey Bogart e Ingrid Bergman foram os grandes «culpados» por eu ter começado a fumar. Aquela cena do filme «Casablanca» mexeu comigo... Aquele jeito de puxar pelo cigarro, de acender o cigarro... Aquela mulher!