O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

24.1.08

Desejaria escrever algo para dedicar a alguém, hoje, mas não consigo. Estou a sangrar por dentro e tudo o que possa afirmar, nesta situação, soará a falso. Socorro-me de um curto mas belo poema de Sophia de Mello Breyner, sem mais palavras...

Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua