O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

16.3.09

Domingo. Depois da via-sacra das discotecas, pela manhãzinha, é tempo de descansar e tomar o pequeno-almoço. Segue-se um tipo de clientela bem diferente, mais direccionada para igrejas, hospitais, cemitérios... Tenho verificado, há algum tempo, que a missa dominical da Igreja do Campo Grande é das mais concorridas de Lisboa. Alguma razão especial estaria na origem de tamanha afluência de crentes, oriundos de toda a cidade e não só... Hoje, em conversa com uma cliente, fiquei esclarecido: Feytor Pinto é o pároco daquela paróquia e destaca-se pelas suas homilias. Um padre atento aos problemas actuais dos seus concidadãos.
Esta conversa fez-me relembrar uma célebre entrevista do padre Feytor Pinto ao jornal «Público», há já alguns anos, na qual defendia pontos de vista diferentes de uma certa corrente (hierárquica) da Igreja Católica, nomeadamente em relação ao aborto (em casos expecionais), à educação sexual...
Feytor Pinto, pelos vistos, continua a ser uma voz muito escutada pelos crentes da capital. Basta passar, aos domingos, pelo Campo Grande.