O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

9.10.13

É para a Travessa da Queimada, sff. Conhece? Fixo o cliente e não dou o flanco: «Fica no Bairro Alto?» Mais de 40 anos a percorrer aquela artéria, como poderia não conhecê-la? Ainda sinto arrepios quando oiço aquele nome... As estórias que ...poderia contar... Talvez um dia... Quem sabe? Não! «O passado é sempre um resto», como escreveu o poeta Afonso Duarte (injustamente esquecido...): Podem encher-me os punhos de grilhetas Ou pregar numa cruz a vida minha Não é canto propício de poetas O velho medo que guarda a vinha O antigo é a doença que mais detesto É viciar o que já foi virtude! O tornar ao Passado é sempre um resto, Ou pior, uma falta de saúde.Ver mais