O fogareiro

Estórias de um motorista de táxi de Lisboa

12.3.08

EXPO-2008

Pelos olhos de Teresa
Passa o vento pampeiro
Tem o calor da tristeza
Mais o frio do nevoeiro

No meio da multidão
Não encontro nem podia
Teresa veio em excursão
Que está no segundo dia

Foi agulha em palheiro
Entre o rio e os pavilhões
Coração foi passageiro
No comboio das emoções

Pelos olhos de Teresa
Passa mistério profundo
Dentro desta natureza
Não cabe no meu mundo

A tarde chegou ao fim
Sem a poder encontrar
Bebi um copo de «gin»
Na esplanada deste bar

Que veio da Ilha Azul
Trazer a luz dos Açores
Teresa voltou ao Sul
Levando os dois amores

Comigo ficou tristeza
De não poder encontrar
Os dois olhos de Teresa
Neste tempo neste lugar

Era tanta a mensagem
O resultado foi um zero
Para a próxima viagem
Cá te aguardo e te espero

José do Carmo Francisco