Último serviço desta segunda-feira. Circulo na zona de Alcântara e decido «picar» na antiga FIL, onde está a decorrer um congresso internacional sobre a medicina e o sexo. Vejo o cliente aproximar-se, o prof. Júlio Machado Vaz – figura de médico e escritor que muito admiro, autor de larga obra publicada, como o «Sexo dos Anjos» e «O Tempo dos Espelhos», entre muitos outros títulos.[Não perdia os «Difíceis Amores», na RTP. Agora, sempre que posso, sintonizo a Antena 1, onde o «prof.» nos fala, de forma arejada e bem-humorada, de sexo e não só...]
Transporto Júlio Machado Vaz ao hotel. Tem pressa, porque tem de estar no lançamento do seu novo livro («O Amor É...»), no Parque das Nações. Durante a curta viagem, tempo para confirmar aquilo que eu já sabia: trata-se de um homem afável, contagiante, um comunicador nato! Faz-me lembrar outro grande comunicador, Vitorino Nemésio.
Falámos de Lisboa e do Porto, de Serralves, de blogues (JMV é autor do «Murcon») e... do «nosso» Benfica! Sim, porque este portuense de gema é adepto do clube da águia...
Jurei (a brincar), perante um dos porteiros do Hotel Pestana Palace, que um dia hei-de ficar lá hospedado, nem que seja só uma noite. Desconheço o preço exacto da diária (das mais baratinhas), mas julgo que rondará um ordenado mínimo nacional. Gosto do palacete do Alto de Santo Amaro, hoje um dos melhores hotéis de Lisboa. Todos os dias vou lá mais que uma vez, na expectativa de me calhar uma boa «corrida». Às vezes acontece... Hoje transportei uma francesa de meia-idade ao Centro Cultural de Belém. Mulher elegante e muito bem «paginada» (como diria um amigo meu), mas o que mais me tocou foi o cheirinho a perfume (francês?). Uma coisa do outro mundo, a ponto de ainda agora, volvidas mais de oito horas, sentir nas narinas (ou no cérebro?) aquele odor tão especial. Gente fina é outra coisa...